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Coamo inaugura novo terminal em Paranaguá

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A Coamo Agroindustrial Cooperativa, inaugurou na manhã desta quinta-feira (09/12), em Paranaguá, o Terminal Portuário II. Com investimentos de R$ 200 milhões, a nova estrutura de armazenagem irá agilizar o fluxo de produtos da cooperativa, conforme salientou o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini.

 “Ao longo desses mais de 30 anos, temos uma parceria sólida com os governos estadual e federal. Estamos promovendo investimentos importantes e, com este novo terminal, teremos um atendimento ágil e de qualidade. Tudo isso faz parte de uma visão estratégica da cooperativa, para atender a demanda dos nossos mais de 30 mil cooperados em mais de 73 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Sozinhos, nossos cooperados jamais conseguiriam exportar. Assim, com qualidade, rastreabilidade e produção sustentável, podemos atender às demandas dos mercados interno e externo”, ressaltou Gallassini.

Segundo o presidente executivo da Coamo, Airton Galinari, “agora, com a inauguração dos três novos silos, com capacidade de 80 mil toneladas, a cooperativa passa a ter 150 mil toneladas de capacidade estática privada, somadas à parte arrendada de 100 mil toneladas. Significa um avanço para nossos cooperados, que poderão ter um melhor atendimento para exportação de seus produtos”, frisou o dirigente.

O evento contou com a presença do governador Ratinho Junior que ressaltou sobre a importância da cooperativa cooperativa que muito contribui para o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado, gerando empregos e distribuindo renda.

“O Brasil nos últimos meses tem reduzido o desemprego com novas oportunidades. Este importante investimento aqui no porto resultará em novas oportunidades, não só aqui em Paranaguá mas também no interior, onde a Coamo tem seus entrepostos. É um crescimento em cadeia e que beneficia a todos. Temos nos reunido com o presidente Ricken para discutir sobre as medidas necessárias para que o setor possa se desenvolver, sem entraves. Este mesmo diálogo realizamos com o setor produtivo paranaense, como a Faep, aqui representada pelo Ágide. Quero, em nome da população paranaense, agradecer à Coamo por esses investimentos e pelo que ela representa para o Paraná e para o Brasil”, enfatizou.

O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, prestigiou o evento e destacou a importância do novo terminal de embarque em Paranaguá.

“Uma obra importante, não só para os produtores e para o estado, mas para o cooperativismo paranaense, que tem muito orgulho do trabalho realizado pela Coamo nesses 51 anos de história”.

O dirigente ressaltou o apoio que o setor cooperativista tem recebido do Governo Estadual para esses investimentos. “Através do governador, do seu vice, Darci Piana, e da equipe de secretários, somos ouvidos em nossas demandas e essas ações resultam em investimentos como este que estamos presenciando em Paranaguá”.

Ricken destacou que a Coamo anunciou um faturamento neste ano de R$ 23 bilhões, o que irá contribuir para que as cooperativas paranaenses encerrem o ano com uma movimentação econômica superior a R$ 150 bilhões.

O prefeito Marcelo Roque que também participou da solenidade destacou o avanço no desenvolvimento do município acontece por meio de parcerias e união. “Queremos oportunidades de geração de emprego e renda a nossa população, e isso tem sido possível graças a união entre Prefeitura, Câmara, Governo do Estado e empresários que colocam em funcionamento seus empreendimentos”, disse.O TERMINAL PORTUÁRIO II
A fim de atender as exportações de grãos e farelos, com três silos e um armazém graneleiro, a estrutura tem capacidade total de armazenagem de 150 mil toneladas.

O terminal conta com cinco moegas, com capacidade operacional para recebimento de 1.380 toneladas/hora, e tombadores para caminhões que facilitam o fluxo da movimentação no corredor de exportação. Somados ao outro terminal existente, a cooperativa tem capacidade para embarque de até 7 mil toneladas/dia.

A COAMO
Fundada em 1970 por 79 agricultores de Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, a Coamo conta hoje com 30 mil cooperados nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Na atuação da cooperativa se destacam as exportações de commodities, realizadas no corredor de exportação do Porto de Paranaguá desde 1990. Maior cooperativa da América Latina, a Coamo está também entre as principais empresas exportadoras do País.

Possui ainda 10 indústrias para a produção de óleo de soja, farelos, margarinas, gorduras vegetais, cafés, farinhas de trigo e fios de algodão. Elas estão localizadas em Campo Mourão, Paranaguá e Dourados (MS), com capacidade para produzir 11 mil toneladas/dia.

Em 2020, a Coamo exportou 4,5 milhões de toneladas de grãos e farelo de soja, com faturamento de US$ 1,5 bilhão.

PROJETO MOEGÃO
Na ocasião, o governador Carlos Massa Ratinho Junior apresentou o projeto Cais Leste, também chamado de Moegão, que vai revolucionar o sistema de descarga ferroviária no Porto de Paranaguá. Com investimento de R$ 500 milhões, o projeto prevê adequação do acesso, redistribuição das faixas internas e posicionamento das balanças e das moegas (destinadas ao depósito de grãos).

O edital deve ser publicado na segunda-feira (13) no Diário Oficial do Estado, e assim que cumpridas todas as etapas do processo de licitação, a obra será iniciada, com prazo de entrega de 180 dias.

O governador afirmou que a construção do Moegão traz mais eficiência logística e melhora a competitividade do Estado. “É o maior projeto de infraestrutura do Paraná, que além de melhorar a mobilidade em Paranaguá, aumenta a capacidade de carga do porto, com a ampliação significativa de carga e descarga de trens”, disse.

“Muitos empregos serão gerados com essa obra, tanto durante a execução, como também quando estiver em operação. Com a ampliação de capacidade do porto, vamos precisar de mais trabalhadores para suprir a necessidade de mão de obra”, destacou Ratinho Junior. “É uma transformação na infraestrutura do Paraná, que se capacita como a grande central logística da América do Sul”.

A descarga ferroviária será centralizada em uma moega exclusiva, mas também serão reestruturados os acessos dos terminais da parte Leste do Porto, otimizando a capacidade de recepção de cargas também pelo modal rodoviário.

Com área de 595 mil metros quadrados, as três linhas que compõem o projeto terão capacidade de carregar até 2 mil toneladas de grãos e farelo por hora. Elas ficarão interligadas aos 11 terminais do Corredor Leste de Exportação.

Com isso, a previsão é ampliar dos atuais 550 vagões, que descarregam diariamente no Corredor Leste, para cerca de 900 por dia — quase 300 em cada uma das três linhas. Atualmente, 14,9% das cargas chegam ao porto pela ferrovia, mas a previsão é equalizar essa logística, com 50% dos carregamentos vindos pelos trens e a outra metade por caminhões.

“Temos hoje uma limitação de recebimento ferroviário, não pela falta de demanda, mas porque não temos capacidade para receber mais”, explicou o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

“Temos uma limitação geográfica de expansão, então com este projeto vamos centralizar em um único ponto o descarregamento de 11 terminais, trazendo mais eficiência logística”, disse.

O secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, afirmou que este será o maior investimento em infraestrutura do Governo do Estado.

“É uma obra grandiosa, um investimento de meio bilhão de reais que permite otimizar o desembarque de cargas, não só do modal ferroviário como também o rodoviário, ampliando a capacidade em 24 milhões de toneladas”, disse.

O Moegão vai também reduzir os custos e as emissões de CO2 nas operações. Além disso, está prevista, ainda, a redução de cruzamentos entre as vias urbanas de Paranaguá com os trilhos da ferrovia, passando de 16 para cinco interseções na cidade.

“Essa estrutura vai reduzir o gargalo viário e o trânsito de caminhões no município, com a retirada das passagens de nível, principalmente na Rua Roque Vernalha, que é a maior da cidade”, destacou o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque.

EMBARQUE – O Moegão vai ao encontro de outro projeto do porto, que é a modernização e ampliação do Corredor Leste (Corex) e do píer em T. Em fase de desenvolvimento, o projeto prevê um novo complexo com quatro berços; ponte de acesso; oito torres pescantes; e capacidade para embarque de 4 mil toneladas, por hora, em cada uma das oito linhas. Assim, a expectativa é triplicar a capacidade de embarque atual no Corredor Leste.

Além disso, o Governo do Estado também prepara a modernização do modal ferroviário, com o projeto da Nova Ferroeste, estrada de ferro interligando Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá.

Para Ana Luiza Salles, diretora do Departamento de Gestão de Contratos de Arrendamento e Concessão, da Secretaria Nacional de Portos, do Ministério da Infraestrutura, o Projeto Cais Leste é muito importante.

“Vai aumentar a capacidade ferroviária de escoamento de carga e trazer frutos significativos para o Porto de Paranaguá”, afirma. O Porto paranaense, como destaca a executiva, é rota de escoamento da produção nacional. “É investimento e desenvolvimento relevante para todos nós”, completa.

Saiba mais sobre o projeto Moegão AQUI.

Com informações da Ocepar, Prefeitura de Paranaguá e Portos do Paraná
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