Agora Litoral
A Justiça determinou, nesta quinta-feira (14), que Everton Vargas, réu no processo que apura a morte da youtuber Isabelly Cristine Santos, vá a júri popular. Everton está preso e teve o pedido de liberdade negado.
Isabelly, de 14 anos, foi baleada na cabeça há um ano, no Balneário Canoas, em Pontal do Paraná, no litoral do estado. Ela chegou a ser encaminhada ao hospital, mas morreu no mesmo dia.
Everton Vargas e o irmão, Cleverson Vargas, viraram réus no processo em 2018. Everton foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e também por porte ilegal de arma de fogo e munição.
Cleverson Vargas, que dirigia o veículo, também havia sido denunciado por homicídio qualificado, mas como partícipe, e por embriaguez ao volante. Na decisão desta quinta-feira, o juiz decidiu que ele não deve mais responder pelo crime de homicídio.
Com isso, Cleverson responderá somente por embriaguez ao volante.
A defesa dos irmãos Vargas informou que “o objetivo foi atingido, provando a não participação de Cleverson” no crime, e ressaltou que resta ainda a possibilidade de recurso, o que será feito, para retirar alguns excessos acusatórios.
Conforme a defesa, a intenção da assistência de acusação foi vencida, já que, tanto defesa quanto o Ministério Público, se posicionaram pela exclusão de responsabilidade criminal quanto a Cleverson no homicídio.
Relembre o caso
Segundo a Polícia Civil, Isabelly foi atingida por um tiro acima do olho esquerdo, na madrugada de 14 de fevereiro de 2018. Ela estava no banco de trás de um carro, ao lado da mãe. Nos bancos da frente do veículo, estavam um amigo e o pai do amigo, Herbert Luiz de Félix, que era o motorista.
Félix disse em depoimento à Polícia Civil que foi fechado por um carro pouco antes do crime, e relatou que, logo após a fechada, o carro parou a cerca de 60 metros. Segundo ele, um dos ocupantes do veículo, sem descer do automóvel, atirou três vezes contra o carro onde estavam Isabelly e a mãe.
Everton e Cleverson Vargas, disseram à época que foram ameaçados e agiram por “instinto de defesa”.