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Acusado de matar garota de programa no Rocio dá sua versão em reconstituição

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Versão de filipino foi reproduzida na noite de quarta-feira

Agora Litoral
Um crime bárbaro, que aconteceu no mês de março, no bairro Rocio, em Paranaguá, foi relembrado na noite desta quarta-feira, 15. Na ocasião, foi realizada uma reprodução simulada do homicídio da garota de programa Claudia Helena Gaspar, de 38 anos, encontrada morta em sua casa na noite de 20 de março. (VEJA VÍDEOS ABAIXO)

Acusado do crime, o filipino Rodney Aribal Carbajal, de 31 anos, participou da reconstituição, dando sua versão e mostrando os passos que deu quando esteve com Claudia, e como saiu da casa dela. A ação foi realizada a pedido do Ministério Público para ser verificada a versão do acusado bem com a situação da denúncia.

A simulação mobilizou policiais civis da 1.ª Subdivisão de Paranaguá, além de agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) e Instituto de Criminalística. Representante do Ministério Pública e integrantes da defesa do acusado, além de conhecidos e familiares da vítima acompanharam a ação. Um intérprete oficial também se fez presente.

Rodney refez o trajeto percorrido com Claudia Gaspar na madrugada de 20 de março

Segundo o delegado Nilson Santos Diniz, responsável pelas investigações, na ocasião foi confrontada a versão que foi dada por Rodney com a da acusação. “Vai ser elaborado, ainda, o auto da reprodução simulada e, tenho certeza, que isto vai auxiliar o Ministério Público na formação da sua opinião delitiva, e também vai influenciar os jurados a condenar ou absolver o processado”, disse.

O delegado informou que a Polícia Civil já encerrou as investigações e remeteu ao Ministério Público o inquérito com todas as diligências que foram realizadas. “Por sua vez o Ministério Público entendeu por imprescindível a realização desta diligência. Esse auto vai ser processado na 1.ª Subdivisão Policial e será encaminhado ao Ministério Público, para que ele utilize durante a instrução processual”, explicou.

INOCÊNCIA
O advogado Giordano Sadday Vilarinho Reinert, que representa a defesa do acusado, esteve presente na reconstituição e informou que seu cliente manteve a versão dada anteriormente, alegando inocência.

“Trata-se de um ato onde é retratado todo e qualquer movimento relativo à situação e o Rodney alega, desde o início, que foi vítima de duas pessoas e que conseguiu escapar da residência onde estava com a vítima. Não sabemos se foi um assalto, ou uma queima de arquivo; muito embora a investigação já esteja fechada, uma nova possibilidade surgiu durante a instrução criminal e este ato vai ser utilizado, no caso de uma pronúncia do acusado, para que os senhores jurados possam entender, com uma riqueza de detalhes, toda a situação”, relatou o defensor.

Ainda segundo a defesa, a reprodução simulada (reconstituição) deveria ter sido feita já no início da investigação, para colaborar no próprio trabalho investigativo e no processo, que está na fase das alegações finais. “Dá pra confrontar as versões. E muita coisa que ainda não foi mostrada publicamente aparecerá em breve. O que procuramos é a verdade; o que não se quer é injustiça”, declarou Giordano ao Agora Litoral.

A reprodução simulada dos fatos durou cerca de duas horas e Rodney informou todo o trajeto que fez até chegar à casa da vítima e como saiu de lá. Essa semana ele também concordou em ceder material biológico para a perícia. Em seguida foi encaminhado novamente ao setor de carceragem da 1.ª Subdivisão Policial, onde permanece recolhido.

CRIME
O corpo de Cláudia foi encontrado na noite do dia 20, depois que uma amiga foi procurá-la em sua casa, na Rua Professor Cleto, bairro Rocio, e encontrou a moradia fechada. Como a amiga tinha a chave da residência, ao entrar, encontrou a garota de programa com ferimentos na cabeça que teriam sido provocados com um bloco de concreto e também tinha diversas perfurações, provocadas por uma garrafa quebrada.

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