
Do G1
Depois de 43 horas, foi encerrada a rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do Paraná. O fim da rebelião foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) às 10h30 deste sábado (11).
O terceiro e último refém – um agente penitenciário – foi liberado e passa bem, conforme a pasta.
De acordo com a Sesp, a Polícia Militar (PM) e Setor de Operações Especiais (SOE) entraram no local.
A morte de dois detentos foi confirmada pela Sesp, após o fim da rebelião. Na manhã de sexta-feira (10), o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) relatou que dois presos tinham sido mortos na rebelião. Contudo, no início da noite, o diretor do Depen, Luiz Cartaxo, corrigiu a informação, e disse que apenas uma morte havia sido confirmada e que a outra morte só seria apurada quando terminasse o motim.
A REBELIÃO
Centenas de presos estavam rebelados desde a tarde de quinta (9).
Durante a madrugada deste sábado, houve uma tentativa de fuga, segundo a PM, porém, a princípio ninguém fugiu. Um preso ficou ferido durante esta tentativa de fuga.
No início desta manhã, ambulâncias e um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram à PEC para atender feridos. A polícia retornou a negociação com os detentos por volta das 6h. A negociação tinha sido suspensa no fim da tarde de sexta-feira (10).
Outro refém também foi liberado neste sábado, mais cedo.
O Depen informou que 270 presos tinham sido transferidos para a penitenciária ao lado da PEC. Portanto, cerca de 700 continuavam na PEC.
Segundo a Sesp, a PEC foi projetada para receber 1.160 presos, mas abrigava 980 antes da rebelião.
A comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Cascavel relatou que os rebelados reclamam da queda na qualidade dos alimentos servidos e do tratamento dado às visitas.