
Com informações do BEM PARANÁ
Milhares de pessoas participam, neste domingo, da 18ª Edição da Parada da Diversidade LGBTI, em Curitiba, que neste ano tem como tema a cultura da não violência e do combate à discriminação.
O evento começou por volta das 12 horas, na Praça 19 de Dezembro, de onde os participantes seguiram em passeata pela Avenida Cândido de Abreu até a Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico.
A expectativa é que a parada seja uma ferramenta para o enfrentamento a todo tipo de violência e discriminação, não só da LGBTIfobia, mas também de enfrentamento ao machismo e ao racismo.
De acordo a Assessoria de Políticas de Diversidade Sexual, só nos quatro primeiros meses de 2017 foram registrados 25 boletins de ocorrência cuja motivação tinha indícios de LGBTfobia em Curitiba, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Injúria, ameaça e difamação foram as principais formas de violência. Do total, 20% eram agressões físicas.
NÚMEROS DA VIOLÊNCIA EM CURITIBA
O Sistema Nacional de Notificação de Violência (Sinan) aponta 47 casos de violência contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros na capital paranaense em 2016.
Quase 80% dos casos do Sinan são de violência física ou sexual contra adolescentes ou jovens. Segundo o levantamento, houve 12 tentativas de suicídio. O número é igual ao de adolescentes acolhidos pelo município, muitos deles rejeitados pela família por conta da orientação sexual.
De março a outubro, a Assessoria de Políticas de Diversidade Sexual atendeu no total 42 casos de violações de direitos. O mais grave foi o de um rapaz homossexual atacado com ácido no bairro Alto da Glória.
De acordo com Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais, ocorre no Brasil um assassinato de pessoa LGBTI a cada 25 horas.