Economia
Empresa de Dubai negocia compra do TCP no Porto de Paranaguá
Empresa chinesa também fez proposta pelo terminal paranaense. TCP está avaliada em R$ 3 bilhões
A árabe Dubai Ports World (DPW), gigante mundial de operação de terminais de contêineres, se prepara para apostar pesado no Brasil. O grupo fez proposta pela fatia de 50% do fundo americano Advent no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), conforme adiantou o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor.
Se concretizada, a aquisição será o segundo negócio da DPW no Brasil. Em 2009, o grupo se tornou sócio da Odebrecht Transport na Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), que tem um terminal de contêineres no porto de Santos. Passou a deter 33,3% do capital.
Com a crise da Odebrecht, a DPW está assumindo o controle de 100% do terminal santista, numa negociação que deve ser concluída em breve. O negócio está praticamente fechado, pendente apenas do fim da repactuação de algumas dívidas da Embraport com bancos. A dívida financeira total (empréstimos e financiamentos) da Embraport fechou 2015 – o balanço de 2016 ainda não foi publicado – em R$ 2,03 bilhões, ante R$ 1,73 bilhão em 2014.
O TCP está avaliado entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões, apurou o Valor. O terminal é monopolista na operação de contêineres no Estado do Paraná e um dos maiores do país no setor.
A DPW faturou US$ 3,9 bilhões em 2015 – último dado disponível. Tem 77 terminais entre marítimos e terrestres ao redor do mundo e movimentou em 2015 quase 62 milhões de Teus (contêiner padrão de 20 pés) – sete vezes mais que todos os portos brasileiros juntos em 2016.
O Advent analisa duas propostas de compra. Além da DPW, a China Merchants Port Holdings, companhia de Hong Kong, está na disputa. O grupo ainda não tem presença portuária no Brasil.
Os demais sócios do Advent no TCP – entre eles a APM Terminals, outro peso-pesado do setor de terminais de contêineres, pertencente ao grupo Maersk – não exerceram o direito de preferência.
O processo de venda do TCP começou em meados do segundo semestre de 2016. Procurado, o Advent não se pronunciou. A DPW disse que “sempre explora oportunidades ao redor do mundo”, mas destacou que não comenta nada até que tenha algo a anunciar. A China Merchants Port não respondeu até o fechamento desta edição.
Se concretizada, a aquisição do TCP será o segundo negócio da DPW no Brasil, que está assumindo a Embraport
O TCP tem pela frente um ambicioso plano de investimento de R$ 1,1 bilhão – dividido em duas etapas – para expansão da capacidade de movimentação. A garantia do investimento é a contrapartida à prorrogação antecipada do prazo do arrendamento por mais 25 anos, aprovada pelo governo no ano passado.
Na primeira fase, inicialmente prevista para ser concluída até o fim de 2018, serão investidos R$ 540 milhões. As principais obras são a ampliação do cais de atracação em mais 220 metros, de 879 metros chegando até a 1.100 metros de extensão para receber os super navios; a construção de dolphins dedicados apenas a embarcações que transportam veículos; e a ampliação da retroárea, que sairá de 320 mil metros quadrados para 500 mil metros quadrados.
Com isso, a oferta anual de movimentação do empreendimento sairá de atuais 1,5 milhão de Teus para 2,5 milhões de Teus.
Em novembro de 2016, a TCP, empresa que administra o terminal, captou R$ 588 milhões com a emissão de debêntures para financiar a ampliação do negócio – R$ 48 milhões mais que o necessário para o projeto. Agora está curso o processo de obtenção das licenças para que as obras tenham início.
Todavia, afirma uma fonte, a expansão do terminal neste momento poderá criar uma superoferta ociosa, devido ao arrefecimento dos volumes de comércio exterior no Brasil – isso foi considerado por DPW e China Merchants.
Em 2016, a movimentação de contêineres nos portos brasileiros somou 8,8 milhões de Teus, redução de 4,36% sobre o exercício anterior. Especificamente, o TCP fechou o ano com 725 mil Teus movimentados, queda de 7,3%, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), órgão que regula o setor e compila os dados portuários. O terminal tem faturamento anual em torno de R$ 500 milhões.
A segunda metade do investimento – os R$ 550 milhões restantes – será realizada ao longo do tempo do contrato de arrendamento, que vai até 2048.
A atuação do terminal é complementada pela TCP Log, empresa que oferta serviços logísticos integrados, como a armazenagem de cargas e transporte.
Com informações VALOR
Agora Litoral
A Petrobras informa que o preço médio do diesel, praticado pela companhia em suas refinarias e terminais, passará a ser de R$ 1,8115 por litro, no período de 16/12/18 a 31/12/18. Isso equivale a um aumento de 0,7%, em decorrência da aplicação da metodologia estabelecida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) na Resolução nº 743/2018.
O valor reflete a média aritmética dos preços de diesel rodoviário, sem tributos, praticados pela Petrobras em suas refinarias e terminais no território brasileiro. Este novo período do Programa de Subvenção continua a prever o ajuste nos preços médios regionais (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte sem Tocantins e Nordeste com Tocantins).
A companhia informa ainda que recebeu, na sexta-feira (14), o pagamento da subvenção econômica à comercialização de óleo diesel, no valor de R$ 665,4 milhões, referente ao 3º período da 3ª fase do programa (de 30/09/18 a 29/10/18).
Colaboração Bem Paraná
Economia
Obras ampliam capacidade de embarque no Porto de Paranaguá
INVESTIMENTOS ULTRAPASSAM OS R$ 500 MILHÕES
Agora Litoral
O Porto de Paranaguá ganha mais capacidade de embarque com os dois novos conjuntos de obras, que somam R$ 509 milhões em investimentos. Uma é a dragagem do canal de acesso ao porto. A outra é a expansão do cais de atracação do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).
As obras foram entregues nesta quinta-feira (22), com a presença da governadora Cida Borghetti e do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro. Durante a solenidade os dois assinaram um convênio que permitirá ao Estado construir quatro novas trincheiras no trecho da BR-277, que corta o município de Paranaguá.
A dragagem de aprofundamento foi a primeira feita no Porto de Paranaguá em 20 anos. A obra recebeu investimentos de R$ 394 milhões do Ministério dos Transportes. Com o aumento da profundidade, em média, de 1,5 metro, cada navio graneleiro que atraca em Paranaguá poderá embarcar até 10,5 mil toneladas a mais, o que representa um aumento mensal, apenas no Corredor de Exportação, de 315 mil toneladas de grãos.
No TCP, com a expansão do cais, o ganho será de até 15 mil toneladas incrementais por navio. O investimento foi de aproximadamente R$ 115 milhões, feito pela própria empresa.
CAPACIDADE
Cida Borghetti destacou a posição do Paraná como um dos mais fortes produtores de grãos do País. “A produção paranaense passa pelo Porto de Paranaguá e o aumento da capacidade de embarque no terminal é significativo para movimentar tanto a economia portuária como o setor do agronegócio”, disse a governadora. “Isso representa incremento significativo da arrecadação e faz com que o Porto de Paranaguá permaneça no ranking nacional e internacional como um dos mais importantes portos da América Latina”, afirmou.
O ministro Valter Casimiro também enfatizou a importância do investimento. “Paranaguá é o segundo maior porto do País, com movimento forte de grãos, hoje em torno de 50 milhões de toneladas”, disse o ministro. “A dragagem que entregamos é importante para recuperar o calado, reduzir custos operacionais e garantir mais competitividade aos produtos brasileiros no mercado mundial”, destacou.
Segundo o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Lourenço Fregonese, a dragagem possibilitará que o Porto de Paranaguá cresça mais 15 milhões toneladas até 2025. “No nosso plano de desenvolvimento portuário estamos trabalhando com um projeto para que em 2030 façamos 82 milhões de toneladas”.
30 QUILÔMETROS
As obras de dragagem de aprofundamento do Porto de Paranaguá foram concluídas no mês de novembro, nos termos do projeto contratado pelo Ministério dos Transportes junto à empresa DTA Engenharia, vencedora da licitação. Com a dragagem, o Canal da Galheta passa a ter 16 metros de profundidade, um a mais do que a profundidade atual. Já a bacia de evolução do Canal ganha mais dois metros de profundidade, passando de 12 para 14 metros. As áreas intermediárias, localizadas entre o Canal da Galheta e a bacia de evolução, passam a ter entre 14 e 15 metros de profundidade.
A dragagem ocorreu em três áreas que permitem o acesso de navios numa extensão de, aproximadamente 30 quilômetros. Ao todo foram dragados 14,2 milhões de metros cúbicos de sedimentos, quantidade suficiente para encher 15 estádios de futebol como o Maracanã. Todo o processo de obtenção do licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis foi conduzido pela Appa.
PRESENÇAS
Participaram da solenidade de entrega o diretor de Infraestrutura Portuária e Gestão ambiental do Ministério do Transportes, Bruno Semeghini; o diretor-presidente do terminal de Contêineres de Paranaguá, Luiz Antônio Alves; diretor-presidente do Instituto Brasil Logística, Tiago Lima; a ministra conselheira do comércio da República Popular da China no Brasil, Cha Chaoling; o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Denit), José da Silva Tiago; o diretor do Departamento de Outorgas Portuárias do Ministério do Transporte, Ogarito Linhares; o deputado federal Ricardo Barros, a deputada federal Cristiane Yared; o secretário especial do Trabalho, Paulo Rossi; o prefeito Marcelo Roque, de Paranaguá; outros prefeitos e vereadores do Litoral; lideranças e funcionários do Porto.
Infográfico do Ministério dos Transportes mostra a dragagem do Porto de Paranaguá. – Foto/Arte: Divulgação APPA
Fonte: AEN / Fotos: Jonas Oliveira
Economia
Pedágio deverá subir até 4% esta semana no Paraná
PREÇO SERÁ REAJUSTADO ENTRE 2,5% E 4% EM TODAS AS PRAÇAS
Agora Litoral
A partir desta sexta-feira, 1º de dezembro, entram em vigor os novos valores cobrados nas praças de pedágio pelas concessionárias que atuam no Estado. Embora o valor exato ainda não esteja fechado, a estimativa é que o incremento fique entre 2,5% e 4%, segundo informações repassadas pelo Governo do Paraná. Os novos preços deverão ser revelados nos próximos dias, provavelmente na quarta-feira (29).
Hoje, os documentos referentes aos índices do reajuste tarifário, assim como da revisão de contrato, estão com a Agência Reguladora do Paraná. Esses documentos foram encaminhados na última sexta-feira (24), por parte da Coordenadoria de Concessão e Pedágios Rodoviários do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR). Os valores de reajuste são discutidos junto à seccional paranaense da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Em nota, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (SEIL) explicou que o reajuste tarifário é anual, em especial para a atualização dos valores, pela inflação acumulada no período. Esse incremento, segundo a nota, é “definido a partir de um conjunto de índices setoriais divulgados mês a mês pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A definição do valor final é feita com base em índices de terraplanagem, pavimentação, obras de arte especiais, construção civil, entre outros”.
VALORES
Caso o reajuste do pedágio seja aplicado pelo índice mais alto, na casa de 4%, uma viagem entre Paranaguá e Curitiba, por exemplo, de ida e volta, que hoje custa R$ 37,40, ficaria em torno de R$ 39,90 para um automóvel. Se o reajuste for o menor, de 2,5%, ida e volta a Curitiba sairia por R$ 38,30. Hoje esse trajeto custa R$ 37,40.