Um rapaz de 27 anos foi detido no bairro Porto Seguro, em Paranaguá, depois de passar um trote para a Polícia Militar, na noite de domingo (24), usando um telefone celular emprestado.
Ele ligou para a corporação relatando que tinha sido esfaqueado durante um assalto e, devido à gravidade da situação, equipes de Rádio Patrulha e do SAMU foram acionadas.
O caso teve início por volta das 19h20, quando o homem ligou para a PM, no telefone 190, afirmando que teve sua motocicleta tomada em um assalto na Rua Antonio Carlos Rodrigues, próximo ao posto de saúde do Porto Seguro.
Na ligação, o solicitante informou que o crime teria sido praticado por duas mulheres e um homem e que havia sido agredido e atingido com um golpe de faca no abdômen.
Ele disse ainda, que, por estar com medo dos autores do delito, encontrava-se escondido em um matagal.
De imediato as equipes da PM e uma ambulância do SAMU foram deslocadas para o local, mas não encontraram o solicitante ou testemunhas da situação.
Na sequência, os policiais desconfiaram que se tratava de um trote, mas o suspeito ligou novamente, afirmando que ainda se encontrava escondido, aguardando as viaturas.
Na verificação do número do telefone usado para fazer as chamadas, os militares acabaram identificando que pertencia a outra pessoa e, instantes depois da segunda solicitação, retornaram a ligação e acabaram conversando com o dono do aparelho. Este informou que, momentos antes, havia emprestado o telefone para um vizinho.
De imediato, os policiais militares foram até o endereço do proprietário do telefone e, em seguida, descobriram que o autor das ligações morava na Rua Júlio Bovo.
DROGADO
O suspeito acabou sendo encontrado em sua casa e, durante a abordagem, admitiu que, sob efeito de entorpecentes, havia passado o trote para a PM.
Diante da situação, o rapaz foi detido e conduzido à sede da 1ª Companhia da PM, onde foi ouvido em Termo Circunstanciado por falsa comunicação de crime, com pena prevista de um a seis meses de detenção ou multa.
O dono do telefone foi enquadrado no boletim de ocorrência como testemunha.