A Polícia Civil de Paranaguá confirmou, na tarde de quinta-feira (8), que o exame de DNA realizado no caso do feto encontrado no teto de uma casa, no bairro Porto dos Padres, em fevereiro deste ano, indica para uma mulher que, à época, havia sido apontada como responsável pelo crime.
A informação foi repassada pelo delegado Rogério Martin de Castro, titular da 1ª Subdivisão Policial, na quinta-feira (9).
“As investigações levavam a um caminho; uma pessoa foi trazida até a delegacia e negou a prática do crime, mas necessitávamos de uma prova cabal. Chegou a nosso conhecimento, há poucos dias, o exame de DNA que comprovou que a pessoa que estava sendo apontada era a mãe da criança e autora do aborto”, afirmou o policial.
Ainda de acordo com o delegado Rogério, a mulher denunciada inicialmente como responsável pelo crime será intimada novamente para depor.
“Ela será questionada sobre o resultado do laudo, que a aponta como sendo 399 mil vezes mais a mãe do que qualquer outra mulher. Portanto, é a prova de que precisávamos e mostra que foi ela que praticou o crime de aborto, apesar de toda negativa”, acrescentou.
Segundo o delegado, o exame de DNA comprovou que o feto não chegou a nascer e que, por isso, a suspeita responderá pelo crime de aborto, cuja pena máxima prevista é de três anos.
“Foram cinco meses de trabalho de investigação, e não existe prova mais contundente do que esta para que ela responda e seja punida”, completou.
NEGATIVA
Pelas redes sociais, logo após ter sido apontada como autora do crime, a mulher suspeita negou veementemente e ainda ironizou as pessoas que diziam que ela teria abandonado o feto de oito meses no forro da casa.
“Tô rindo muito com essas acusações (…) o tempo vai provar que não tive nada a ver com isso”, afirmou em seu perfil no facebook, que logo após foi excluído.
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