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Paranaguá

Derrocagem trará segurança para navegação e meio ambiente no Litoral

Investimento previsto é de quase R$ 23 milhões e a licença para a execução foi concedida pelo Ibama

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Fotos: Cláudio Neves

A Portos do Paraná se preparara para realizar ainda neste mês uma das obras mais aguardadas pela comunidade portuária: a derrocagem de uma pequena parte da Pedra da Palangana vai dar mais segurança para a navegação e para o meio ambiente. Com a remoção dos pontos mais rasos do complexo de rochas subterrâneas, o risco de encalhe de navios e desastres ambientais será minimizado. A profundidade atual, que no trecho mais crítico é inferior a 12 metros, será atualizada e a expectativa é que passe para 14,6 metros.

“A obra seguirá todos os protocolos de segurança e será realizada de forma controlada, com todos os cuidados para o meio ambiente, para a população que vive nas proximidades e para o porto. Não será feita a explosão de todo o complexo, que tem mais de 200 mil metros cúbicos. Mas a remoção de apenas 22,3 mil metros cúbicos, cerca de 12% do total”, explica Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da empresa pública que administra a área.

“Todos os esforços são no sentido de que o crescimento da atividade portuária aconteça de maneira sustentável. Mais de 44% de todos os empregos da região estão ligados aos portos e a arrecadação dos municípios tem como base os impostos pagos pelas empresas que atuam no setor. O porto, para se manter competitivo e manter estes postos de trabalho, precisa realizar obras – seguindo rigorosamente as recomendações dos órgãos ambientais, com programas de mitigação dos impactos e total transparência com a comunidade”, completa.

O investimento previsto é de quase R$ 23 milhões e a licença para a execução foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão avaliou e autorizou os programas de monitoramento, ações mitigadoras e compensatórias para a obra.

A derrocagem está inserida na Licença de Instalação 1144/2016, da dragagem de aprofundamento de 2017/2018, e seguiu todos os passos exigidos pela legislação, incluindo a realização de audiência pública e programas de comunicação social.

“Uma equipe de profissionais especializados e multidisciplinares vai adotar todos os cuidados para evitar animais na área, durante as atividades do derrocamento, usando cortinas de bolhas, fechamento de tocas, emissão de vibrações sonoras subaquáticas, entre outras técnicas que são adotadas para o afugentamento temporário da fauna do local”, destaca João Paulo Ribeiro Santana, diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná.

O QUE É? – Nesta obra, serão removidas seis partes de pontos rasos do maciço de rochas, que somam 22,3 mil metros cúbicos em volume. A menor delas tem 361 metros cúbicos e a maior 8 mil. As rochas são parte do complexo conhecido como “Pedra da Palangana” e estão localizadas no canal principal de acesso ao Porto de Paranaguá, o Canal da Galheta, um pouco à frente do Terminal de Contêineres.

O desmonte de cada maciço será realizado de forma separada. O procedimento vai funcionar da seguinte forma: uma embarcação vai perfurar vários pontos nas rochas para instalar os dispositivos de desagregação que irão fragmentar as rochas.

Antes da instalação, serão adotadas medidas de mitigação dos impactos sobre a fauna, que incluem o mergulho de especialistas para verificar se existem peixes ou outros animais marinhos. Nessa fase, também serão utilizados dispositivos acústicos (pingers) para repelir golfinhos e botos do local.

O passo seguinte é a instalação de uma cortina de bolhas, que reduz o impacto da explosão e impede a reaproximação dos animais. O equipamento é como uma mangueira, preenchida com ar, e é instalado ao redor do maciço a ser desmontado, isolando a área.

Antes da detonação, os mergulhadores permanecem espaçados para continuar a verificação da área. Somente após todas essas etapas, os dispositivos de desagregação são acionados, de forma sequencial, para reduzir os impactos da detonação.

Depois disso, uma draga mecânica equipada com guindaste e grab (concha) ou escavadeira recolhem os pedaços menores das rochas e os depositam em uma barcaça com cisterna. Já em terra, as rochas serão recicladas através de britagem e poderão ser usadas em obras nas cidades do Litoral.

MEIO AMBIENTE – Todo o procedimento é acompanhado – desde a contratação, até um ano após a conclusão da obra – por um monitoramento ambiental específico. Os programas incluem o acompanhamento da comunidade planctônica, bentônica, ictiofauna, carcinofauna, cetáceos e quelônios, além de monitoramento da variação de pressão da coluna d’água e ruídos subaquáticos.

Antes de cada desmonte, durante a noite, redes de pesca serão colocadas próximas às rochas e os peixes capturados serão transferidos para longe do local das obras. Mergulhadores também vão verificar a presença de animais e tocas, seguindo todos os cuidados para o bem-estar e segurança dos mesmos.

Quatro observadores de bordo farão o avistamento de botos e golfinhos antes e durante as obras. Se um animal se aproximar a uma distância inferior a 1.000 metros da obra, ela será paralisada.

PESCADORES – Além das etapas de audiência pública, realizadas para obtenção da Licença de Instalação 1144/2016, os pescadores da região foram convidados para a apresentação das obras e recebem os materiais de comunicação sobre o tema. Novas visitas serão feitas às comunidades pesqueiras para esclarecer possíveis dúvidas restantes.

A área de desmonte das rochas está localizada no canal de navegação, sendo destinada para acesso dos navios ao porto e, por motivos de segurança, a pesca é proibida pela Marinha. Ainda assim, todas as prevenções para evitar acidentes serão adotadas e as atividades terão o apoio da Capitania de Portos para evitar o fluxo de pequenas embarcações nos momentos de desmonte.

OPERAÇÃO – Nos momentos em que a obra ocorrer dentro do limite do canal de navegação, o mesmo estará obstruído pelos equipamentos e a passagem de embarcações estará impedida. Nesta situação, para permitir as manobras dos navios na região, haverá a suspensão das operações de derrocamento dentro do canal, considerando uma janela diária para as manobras: entre as 4 horas antecedentes à preamar, estendida até 2 horas após a preamar (total de 6 horas).

Adicionalmente, parte do fluxo de navios será feito pelo canal de acesso alternativo, o Surdinho, que já recebe nova sinalização náutica. Graças à dragagem realizada no ano passado, o trecho conta hoje com calado de 12 metros e garante a segurança na entrada e saída de navios de grande porte.

APÓS A OBRA – Finalizada a obra, a empresa fará uma batimetria de categoria A, que mede a profundidade da área e é usada para garantir a segurança e a eficiência do tráfego de embarcações. Os resultados desta medição serão encaminhados à Marinha para validação e determinação de um novo calado, que corresponde à altura de água necessária para o navio flutuar livremente.

Paranaguá

GCM apreende motocicleta com mais de R$ 60 mil em multas

Ação foi durante patrulhamento pela Vila Garcia

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Agentes da Guarda Civil Municipal apreenderam na tarde de terça-feira (23), uma motocicleta com mais de R$ 60 mil em multas e dívidas com documentação atrasada. A ação foi realizada por uma equipe de motociclistas da corporação, durante patrulhamento de rotina pela na Vila Garcia.

Conforme a ocorrência, por volta das 17h30, os agentes estavam em deslocamento pela Avenida Dona Julieta, quando avistaram uma motocicleta Honda CG 125 Fan com uma fita vermelha presa na placa, dificultando a leitura dos caracteres da mesma.

Após a abordagem, verificaram que o condutor do veículo, de 35 anos, estava com sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. Ao ser feita a consulta da placa, os agentes verificaram que a documentação estava atrasada e que havia uma dívida de R$ 62.613,98 somente de multas.

Diante dos fatos, após serem tomadas as medidas administrativas necessárias, o veículo acabou recolhido ao pátio da GCM, na Vila Padre Jackson.

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Ação conjunta prende suspeito de tráfico de drogas na Ilha dos Valadares

Foi na manhã de terça-feira

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Na manhã de terça-feira, 23, uma ação conjunta envolvendo equipes da Guarda Civil Municipal, Polícia Civil e Força Nacional resultou na prisão um homem por tráfico de drogas na Ilha dos Valadares, em Paranaguá. A ação ocorreu após denúncia sobre o local onde poderia estar escondido um foragido da Justiça.

Tudo começou por volta das 11h30, quando uma equipe de Patrulhamento de Área da GCM foi acionada para dar apoio às equipes da Força Nacional e Polícia Civil na averiguação das informações, repassadas pelo telefone 197, indicando uma casa localizada em um beco estreito na Vila Itiberê, onde estaria um homem com mandado de prisão em aberto, além de indivíduos integrantes de uma facção criminosa.

Nas diligências, os policiais fizeram uma progressão a pé pela viela e, ao se aproximarem da residência informada na denúncia, alguns indivíduos fugiram em direção de uma área manguezal e não foram mais localizados. No entanto, na casa foi encontrado um rapaz de 27 anos, que não era o alvo da denúncia, e na sequência houve a apreensão de porções de crack e cocaína embaladas e fracionadas para venda, além de R$ 753,70, três telefones celulares e uma motocicleta Honda/NXR 160.Diante dos fatos, o detido foi encaminhado, junto com tudo que foi apreendido, ao plantão da Delegacia Cidadã de Paranaguá para que fossem tomadas as providências necessárias.

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Corpo de mulher é encontrado boiando próximo à passarela da Ilha dos Valadares

Achado de cadáver foi na manhã desta quarta-feira

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Na manhã desta quarta-feira, 24, uma mulher foi encontrada morta nas águas do Rio Itiberê, em Paranaguá. O achado foi feito por homens que trabalham na ampliação da passarela da Ilha dos Valadares.

Por volta das 8h30, a Guarda Civil Municipal foi informada da situação e uma equipe da Romu (Ronda Ostensiva Municipal) foi ao local e confirmou que havia um corpo dentro da água, preso pelos cabos que seguram na estrutura a balsa usada pelos funcionários da obra.

Em seguida, equipes do Samu, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil e Força Nacional também foram ao local. Exames preliminares não encontraram sinais de violência e, após as análises no local, o corpo foi recolhido pelo IML de Paranaguá.

A vítima estava trajando apenas a parte de cima de um biquíni e na região ninguém soube passar informações que pudessem ajudar na identificação.

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