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Empresas ‘amigas’ teriam fraudado Pregão da Prefeitura de Paranaguá

Preços teriam sido superfaturados para eliminar concorrência

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Agora Litoral                    ATUALIZADA EM 23/06/2017

A denúncia é grave. O Pregão Presencial 003/2017, realizado nesta quinta-feira (23) pela Prefeitura de Paranaguá teria sido um jogo de cartas marcadas por três empresas. O Termo de Referência do Pregão estaria com um superfaturamento entre 30 e 31%.

A Drial, empresa que mais lotes arrematou (cinco dos dez lotes), estaria mancomunada com outras duas (Centro Eventos Morro do Cristo e NRX) para “fazer bonito” e arrematar os lotes preferidos com uma diferença justamente entre 30 e 31%.

Essas três empresas teriam sido responsáveis por cotar os preços que foram para o edital. Segundo denúncia encaminhada ao Agora Litoral, os preços foram superfaturados no início e arrematados depois tirando a “gordura” adicionada.

“Uma espécie de engana bobo”, desabafou um dos participantes, descontente com a forma com que se desenrolou o Pregão Presencial. “Os preços que foram para o edital estão muito acima do valor de mercado e quem sabia disso obteve vantagem”, afirmou.

Para se ter uma ideia, o Lote 10 (locação de mesas e cadeiras) arrematado pela Drial servirá, segundo o cronograma de eventos do município, para um total de 92.240 diárias de cadeiras e 18.560 diárias de mesas.

Pelo cronograma, o máximo que terá desses jogos é de 600. O preço de mercado em Curitiba custa em média R$ 147,00. Para comprar esses 600 jogos custaria (600xR$147,00) R$ 88.200,00. A Drial arrematou por R$ 195.750,00.

Vai locar para a Prefeitura por quase duas vezes e meia do valor que a Prefeitura gastaria se comprasse o material.

ESQUEMA

Ainda de acordo com a denúncia, a Drial e as empresas “amigas” vieram com as propostas parecidas no envelope e abaixo de todas as outras para poder eliminá-las da fase de lances.

A Centro Eventos e a NRX não levaram lotes, mas só as três participavam e baixavam o preço de R$ 50 em R$ 50 até declinarem e a Drial ficar como vencedora.

Coincidentemente, a Drial arrematou sempre com valores entre 30 e 31% menores que os valores cotados por ela e pelas outras duas amigas para o edital.

Tudo leva a crer que houve superfaturamento na cotação inicial para que fosse queimada “gordura” e ficasse no preço real.

A denúncia não englobou nenhum membro da Administração Municipal no suposto esquema fraudulento.

INDÍCIOS

A Lei de licitações, no Pregão, limita em três a participação de empresas para a disputa de lances, desde que se enquadre em até 10% da menor proposta apresentada.

Sendo assim, há indícios fortes de que uma empresa cota para o edital com mais três empresas “amigas” com preço superior ao praticado no mercado em cerca de 40%.

Na licitação, apresenta propostas junto com as empresas “amigas” para fechar os três, com cerca de 30% de desconto sobre o valor do edital com “gordura”.

Dessa forma, elimina as demais concorrentes, que, corretamente, apresentam preços pouco abaixo do edital tentando baixar o preço aos poucos. Uma concorrência desleal.

AS VENCEDORAS DO PREGÃO 003/17

DRIAL – lote 01 (palco); lote 04 (pirâmides); lote 05 (grades); lote 07 (arquibancadas); lote 10 (mesas e cadeiras). Total: R$ 2.875.700,00 (dois milhões, oitocentos e setenta e cinco mil e setecentos reais)

ÁUDIO TÉCNICA – lote 02 (sonorização). Total: R$ 1.004.000,00 (um milhão e quatro mil reais) – 7% menor que as cotações da licitação.

ÁUDIO TÉCNICA EVENTOS – lote 03 (trio elétrico). Total: R$ 97.000,00 (noventa e sete mil reais) – 0,5% a menos que a cotação do edital.

ÁGUIA PARTICIPAÇÕES – lote 06 (piso). Total: R$ 475.000,00 (quatrocentos e setenta e cinco mil reais) – 31% menos que a cotação prevista no edital.

EFICAZ – lote 08 (gerador). Total: R$ 64.950,00 (sessenta e quatro mil, novecentos e cinquenta reais) – cerca de 18% a menos que o licitado para o edital.

ALIANÇA – lote 09 (banheiros químicos). Total: R$ 287.446,00 (duzentos e oitenta e sete mil, quatrocentos e quarenta e seis reais) – 1% a menos que o valor cotado para o edital.

A soma total do Pregão Presencial 003/17 é de R$ 4.804.096,00 (quatro milhões, oitocentos e quatro mil e noventa e seis reais). Uma “economia” de 25% do previsto (R$ 6.405.465,80)

Tendo em vista a denúncia encaminhada ao Agora Litoral, os valores e o interesse público, provavelmente o Pregão Presencial 003/17 seja alvo de investigação do Ministério Público do Paraná e de fiscalização da Câmara Municipal de Vereadores.

Edital do Pregão Presencial 003/17 publicado no Diário do Comércio

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Tarifas de ônibus intermunicipais são reajustadas

Correção foi aplicada nas linhas que cruzam praças de pedágio das novas concessões rodoviárias

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O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) reajustou o preço das passagens de transporte intermunicipal de passageiros das linhas que cruzam praças de pedágio das novas concessões rodoviárias desde o último sábado (23), quando foi iniciada a cobrança.

O reajuste foi aplicado em toda linha que circula por rodovia concedida e que cruze praça de pedágio, levando em consideração a quilometragem percorrida, o número de eixos do veículo utilizado, e o fator de ocupação das linhas, que é a quantidade de passageiros transportados. O novo valor é aplicado a todas as seções destas linhas, mesmo quando o passageiro desce do veículo antes de passar por praça de pedágio.

Nas linhas rodoviárias o valor do pedágio consta em campo separado do valor da tarifa, assim como a taxa de embarque, que é cobrada de acordo com o município de embarque.

Nas linhas metropolitanas o valor foi somado às tarifas, cujas tabelas com valores reajustados estão disponíveis na página de Transporte de Passageiros do portal do DER/PR (AQUI).

FISCALIZAÇÃO 

O DER/PR é o órgão público estadual responsável pela organização, administração e fiscalização do sistema de transportes comerciais intermunicipal de passageiros do Paraná, que atualmente conta com mais de 500 linhas em atividade.

Fiscais do órgão atuam na verificação de veículos e venda de passagens em todas as regiões do Estado, garantindo o cumprimento da legislação vigente e das obrigações contratuais das empresas, aplicando as sanções cabíveis sempre que qualquer irregularidade é verificada.

Somente as linhas intermunicipais da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) não são administradas pelo DER/PR, cabendo a responsabilidade pelas mesmas à Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep).

Da AEN

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Temporada do pinhão começa dia 1º de abril no Paraná

Safra se estende até junho

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Foto: Mauro Scharnik

O pinhão voltará para as mesas dos paranaenses a partir da próxima semana. Seguindo orientação do Instituto Água e Terra (IAT), a semente, um dos mais emblemáticos símbolos do Paraná, já poderá ser colhida, armazenada e comercializada a partir da próxima segunda-feira (1º/4).

A medida, contudo, só é válida para pinhões que já tenham atingido o período completo de maturação, cuidado necessário para ajudar na preservação da espécie e também garantir a saúde dos consumidores. A multa em caso de desobediência é de R$ 300 a cada 50 quilos apreendidos, além da responsabilização por crime ambiental. A safra se estende normalmente até junho.

As normas e instruções de comercialização são estabelecidas na Portaria IAP nº 046/2015 e têm como objetivo conciliar a geração de renda e proteger a reprodução da araucária, ameaçada de extinção. Quando o pinhão cai ao chão, é uma oportunidade para animais, como a cutia, ajudarem a semear o fruto em outros lugares, garantindo a reprodução da árvore.

“Os produtores e a população em geral podem contribuir para a preservação da araucária respeitando o período da maturação do pinhão, permitindo que as espécies da fauna possam se alimentar e ajudar a semear a planta. Além disso, é possível denunciar qualquer irregularidade aos órgãos ambientais fiscalizadores, como o IAT”, explica a engenheira florestal do escritório regional do IAT em Guarapuava, no Centro-Sul, Lauren Soares Silva.

Em relação ao consumo, ela destaca que as pinhas imaturas apresentam casca esbranquiçada e alto teor de umidade, o que favorece a presença de fungos, podendo o alimento se tornar até tóxico para o ser humano. Se ingerido, pode prejudicar a saúde com problemas como a má digestão, náuseas e episódios de constipação intestinal.

Além disso, reforça a engenheira, também não é permitida a venda de pinhões trazidos de outros estados. “Qualquer irregularidade deve ser denunciada pela população para que possamos garantir a preservação desta árvore tão importante e que está ameaçada de extinção”, diz Lauren.

A fiscalização é feita pelos agentes do IAT e o Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde (BPAmb-FV). Caso comprovada qualquer irregularidade, um processo é instaurado para que seja lavrado o auto de infração ambiental.

As denúncias podem ser encaminhadas à Ouvidoria do IAT, aos escritórios regionais do órgão ambiental, por meio dos telefones (41) 3213-3466, (41) 3213-3873 ou 0800-643-0304 e, ainda, à Polícia Ambiental (41) 3299-1350 ou 181.

ECONOMIA 

O pinhão é um produto importante para a economia do Estado. Ele movimentou R$ 20,8 milhões em 2022, de acordo com a edição mais recente do Valor Bruto de Produção (VBP), levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

A produção, também em 2022, alcançou 4,1 mil toneladas, de acordo com a Pesquisa de Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mais da metade da safra está concentrada nos municípios da região Centro-Sul do Estado, com 2.578 toneladas. A maior produção no Estado foi registrada em Inácio Martins, com 700 toneladas colhidas em 2022, seguida por Pinhão, com 556 toneladas, e Turvo com 271 toneladas.

Além do Centro-Sul, as regiões Central, Sul e Sudoeste também concentram o maior volume de produção da semente no Estado. Segundo a Seab, por ser um produto extrativista, não há previsão do volume que será colhido neste ano.

Da AEN

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DENGUE: Boletim confirma mais 22,7 mil casos e 18 óbitos no Paraná

Novo informe foi divulgado nesta terça-feira (26)

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O informe semanal da dengue divulgado nesta terça-feira (26) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registra mais 22.767 casos e 18 óbitos. Com esta atualização, o Paraná soma agora 135.961 casos e 77 óbitos em todo o Estado neste período sazonal (2023/2024).

As mortes são de pessoas entre 25 e 100 anos, sendo nove homens e nove mulheres. Nove pessoas não possuíam comorbidades. Elas foram registradas em diferentes Regionais de Saúde: São João (7ª RS), Luiziana (11ª RS), Mandaguari (15ª RS) e Cornélio Procópio (18ª RS) registraram um óbito; Cascavel (10ª RS), Apucarana (16ª RS) e Toledo (20ª RS), dois óbitos por município; Londrina (17ª RS), quatro óbitos; e na 8ª RS ocorreram quatro mortes, sendo duas em Ampére, uma em Cruzeiro do Iguaçu e uma em Nova Esperança do Sudoeste.

As Regionais com mais casos confirmados de dengue são a 16ª RS de Apucarana (21.508), 10ª de Cascavel (18.468), 8ª RS de Francisco Beltrão (15.168), 17ª RS de Londrina (13.546), 15ª RS de Maringá (11.208) e 11ª RS de Campo Mourão (9.629). Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (13.450), Londrina (9.929), Cascavel (8.210), Maringá (6.100) e Paranavaí (3.998). 

Este é o 29º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa, que registrou também 306.340 notificações, 214.915 casos prováveis e 71.262 casos em investigação. No total já foram descartados 91.425 casos. Dos 399 municípios, 356 apresentaram casos autóctones, quando a doença é contraída localmente, e todos os municípios tiveram notificações.

CHIKUNGUNYA 

O novo boletim confirmou ainda um novo caso de chikungunya, somando 92 confirmações da doença no Estado. Do total de casos, 58 são autóctones (quando a doença é contraída no município de residência). Há, ainda, 380 casos em investigação e 923 notificações.

Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 87 notificações.

Confira o informe semanal AQUI e mais informações neste LINK.

Da Sesa

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